14 de out. de 2015

innextienSa

Ele adoraria ter o que dizer
Por falta de motivo significante
Desiste sem vacilar

Não tem vontade de medir
Esquece da sonoridade

As linhas já fizeram sentido
Seguiram, por um tempo, certa regra
Existia um sentimento
Que ele precisava compartilhar

Mas o mentor estava certo.
A falta de espírito chegou
Trouxe consigo o ceticismo sarcástico
Piadas infames e depressivas

Tão jovem, já desistiu
Né nada, não.
Já era concebido,
Só não aceitou mais cedo

Se pudesse, sequer resistiria
Só o faz por obrigação.
Não fossem elas,
Ele retomaria o luxo que dele tiraram:
Inexistência

Depressão

Ele não toma banho
Não escova os dentes
Não lava os pés pretos
Recém pintados no piso dedetizado

Veste suas roupas já usadas
Disfarça seu fedor
Desaparece completamente
E volta falso como um tipo de mentor

Ele não vale nada
Mas os outros também
Desistiu de tudo
Não disse pra ninguém

Ele não pode com eles
Não faz parte desse choro
Só acredita piamente
Que não precisa de socorro

Yo-ho

Admitamos de uma vez por todas
Que tua alma não combina co'a minha
Que teus olhos observam apenas de longe
Enquanto humilho seus sentimentos
Degrado sua imagem

Estar perto de mim doe em ti
Assim como doem nos outros
Todos
Que não são parte de mim
Desgraçados

Eu juro que adoraria
Poder cantar trovas contigo
De rir em lugar seguro
E ser capaz de voltar a algum lugar

A verdade, menina,
Não pede seu choro
Ela não busca nada
Simplesmente não se interessa

A que dita que vou te machucar
Enquanto aprecio docemente seus gritos
Só precisa que nós aceitemos
Que não poderia ser diferente

Somos os prisioneiros de fato
Incapazes de causar qualquer efeito
Apenas passivos
Castigados


E é apenas isso