16 de out. de 2011

A Morena Virgem

Andava, falava.. corria demais!
Teus olhos, por simples, sem mais.
Cinzas negras sobraram,
Acredito que sopraram..
Não vi.

Gritava e gritava, Oh Deus!
Invejava-me ao céu,
Que o chão tanto a prendia.
Ao baixar-me, fui puxado.
Os olhos revi; o coração..

Maldito seja esse pulsar,
Aos que o querem, podem ficar!
Asas bateram, voltei ao voar.
E a via... agora a chorar.

Voava sempre a pensar:
Sou culpado, não minto,
E por mentir não me faço.
Minto, pois sou culpado..

Será que sopraram?
Não vi.

7 de out. de 2011

1.55 'I know you, you know me'

Que és tu?
Na cabeça soberana do mundo infame, talvez.
Facilmente me tem em suas palavras,
Que os gestos se fazem desnecessários.
Passa-me.. e leva embora.

Que suas mãos lhe passem os cabelos,
Que sua alma submissa se degrade.
Que no inferno nos encontremos,
E na boa gargalhada caiamos.

Na mente nada carrega,
No peito sente dor.
Corre e corre,
Corre e corre, perdedor..

Pois bem, quem és tu?
É o real que mal projeto,
A loucura mais sã.
És tudo, tampouco..
É nada.