17 de abr. de 2011

à amargura da vida brindemos!

Sorria, você está sofrendo..
Cale-se, requerem de sua voz..
Silêncio! Não sabes do que fala!

A vida não passa da morte,
e aos que dela passarem
sabem que pranteio tal experiência.

Como podes dizer isso?
De nada sabes sobre este mundo..
Em silêncio permaneça,
em seu mundo sofra..

Não espere mais de mim..
reclusos são os que entendem.
Agora, nada mais resta.

No mundo não existe motivo,
lutam todos para sobreviver..
então, porque viver?

Na vida se encontra a beleza.
se ela não consegue ver,
aqui não pertences.

Não traga sua dor para esse mundo,
em suas costas já há o bastante...
se desejas, pelo fim espere,
porém, não grite aos que diz serem surdos.

16 de abr. de 2011

Aqui morre um singelo rapaz

todos os dias beira sobre mim
um severo desejo..
porventura a soberania da alma.

e no breu, vejo-o me chamando,
ansioso por nosso encontro.
sorri à amargura da vida...
maldito patife.

se há de me levar,
o que esperas?
do caso contrário
volte para onde os gritos não cessam

sobre as vis mãos minhas
sinto exalar o doce ardor d'alma.
elixir amaldiçoado.

singela nódoa que é a vida,
trazer contigo o que queres
pois nada mais hei de ver.

à espera da morte aguardo,
nela, sinto-me completo..
significado?
não existe

2 de abr. de 2011

Drácula Contemporâneo

se o fogo meu queimas,
fique longe...
se a capa esconde o que sou,
fique longe...
não temas em me ferir,
a muito este espírito se foi

se nada há sob meus olhos,
não me culpe.
impetuoso o ser que a levou,
algo que ousam chamar de alma
saiba da dor que corres nela.

se assim quiser, a leve
tire-a de mim, e assim talvez...
me liberte

não há mais o que se temer,
não há porque se esconder...
aqui, a vida acaba.