26 de jan. de 2013

Gente grande

Sinto medo.
É foda admitir isso, como todos sabem.
Mas sinto medo do que está por vir...
Como todo bom humano sente.

Não tenho a mínima certeza do futuro,
Não sei se é feito de solidão angustiada,
Ou de alegria compartilhada,
Mas tenho medo do que está por vir.

Seja lá como for,
Sei que vou aguentar da forma que aparecer.
Porém, não quero mudar..
Gosto do que foi e sinto gosto de lembrar!

Há muito que os tempos não mudam,
Mas não existe o que fazer para impedir.
Sei que minha base tende a tremer
E que meus instintos gritam para uma fuga.

Porém, não há homem que lute contra o acaso,
Não há quem consiga vencer a alternância de tudo... e de todos.
Meus pés podem ceder à grandeza do tempo,
Mas meu espírito nunca se curvará.

Sinto falta do que se foi...
Sinto angústia ao pensar no que poderia ter sido...
Mas não tenho ressentimentos,
Esse tempo, passou-me.

Que a força de Deuses recaia sobre mim,
Que a badalada final toque em minha presença,
Que o fim dos tempos encare-me frente a frente!
Nada disso põe medo em minha alma.

Mas o amanhã?
O dia de que nada se aguarda:
Meus pedaços, minhas fibras, minha alma!
Tudo tende ao temer.

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