13 de dez. de 2012

Concreto

Há um pássaro que sempre canta,
Um casal que anda pela praça,
Um velho que lança suas mandingas,
Uma moça que é sempre bela.

A cada segundo, um carro passa,
A cada minuto, ouve-se um samba,
A cada hora, o sino toca,
A cada dia... nada nunca muda.

Não quero um pássaro que cante,
Não quero um casal andando,
Não quero um velho revoltado,
Não quero uma moça assim.

Quero um pássaro que nade,
Quero um casal que corra,
Quero um velho que chore,
Quero uma moça... que morra.

Mas que cante,
Mas que ande,
Mas que lance...
Mas que seja!

Nenhum comentário:

Postar um comentário